O ISAVE – Instituto Superior de Saúde marcou presença no Congresso de Sustentabilidade em Coimbra, através das docentes Andrea Ribeiro e Maria do Rosário Martins, que apresentaram trabalhos inéditos sobre a integração da sustentabilidade na formação e na prática da fisioterapia.
Num dos estudos, intitulado “Sustentabilidade no Ensino da Fisioterapia: Atitudes, Competências e Barreiras Percebidas entre Estudantes do Ensino Superior”, foi analisada uma amostra de 113 estudantes (18–34 anos; 60,2% feminino). Os resultados evidenciam que 81,4% reconhecem a relação ambiente–saúde e 67,3% apoiam a inclusão formal da sustentabilidade no currículo, apesar de apenas 13,3% reportarem formação prévia. Entre as barreiras, destacam-se a falta de formação (49,6%) e o apoio institucional limitado (44,2%). O estudo sublinha a necessidade de integração transversal de conteúdos “climate-ready” e de políticas institucionais que sustentem práticas pedagógicas e clínicas mais verdes.
O segundo trabalho, “Alterações Climáticas e Prática Fisioterapêutica: Um Estudo Transversal com Fisioterapeutas em Países Lusófonos”, reuniu 52 fisioterapeutas em prática clínica. A grande maioria (94,2%) considera que as alterações climáticas estão a ocorrer e 61,5% reconhece a sua origem antropogénica; contudo, apenas 32,7% veem relevância direta imediata para os cuidados atuais, embora 50% antecipem maior impacto em doentes crónicos no futuro. As recomendações passam por capacitação docente, inclusão curricular de triagem de risco ambiental e estratégias institucionais para rotinas clínicas sustentáveis.
A participação do ISAVE reforça o compromisso da instituição com uma fisioterapia alinhada com a Saúde Planetária, promovendo investigação aplicada, formação baseada na evidência e transferência de conhecimento para a comunidade e para os serviços de saúde.
