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ISAVE: iliteracia “gera desigualdades no acesso aos cuidados de saúde”

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ISAVE: iliteracia “gera desigualdades no acesso aos cuidados de saúde”

A iliteracia em saúde conduz muitas vezes “ao fracasso na prevenção, no rastreio e no tratamento”, produz um “desadequado uso dos serviços de saúde e pode ser responsável por grandes desigualdades no acesso aos cuidados de saúde” — alertou, no dia 6 de dezembro, a Prof. Isabel Silva, num seminário realizado no Instituto Superior de Saúde, em Amares.

Esta professora do Hospital-Escola Fernando Pessoa falava no auditório do Instituto Superior de Saúde (ISAVE) num seminário sobre Literacia em Saúde com o objetivo de responder à pergunta — Estaremos capazes de tomar (e de ajudar a tomar) decisões em saúde?” Ao fim de hora e meia de discussão e debate, a resposta afirmativa não foi muito convincente.

Dos vários estudos apresentados que suscitaram vivodebate, Isabel Silva concluiu que temos de os preocupar “com tão baixa literacia em saúde”, mesmo entre os profissionais de saúde, especialmente no nível da literacia crítica (32%).

Isabel Silva, foi apresentada pela prof. Ana Soares como Professora Associada na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa e delegada nacional na European Health Psychology Society, em representação de Portugal.

Esta docente desenvolve investigação no domínio da Psicologia da Saúde, mais particularmente nas áreas de qualidade de vida, estilos de vida, comunicação centrada no doente, satisfação com os cuidados de saúde e ajustamento à doença crónica.

Literacia em Saúde é dividida em três fases — funcional, comunicacional e crítica — sendo, em termos gerais, a capacidade de cada pessoa compreender as orientações médicas, as instruções e prescrições e os folhetos de medicamentos e ter capacidade para dar consentimento livre e esclarecido para a execução de um ato médico.

A Literacia funcional traduz-se na capacidade de procurar informação, leitura, escrita e cálculo no doseamento de medicamentos, enquanto a literacia comunicacional reside em recolher informações e fazer perguntas ao médico. Finalmente, a literacia crítica é a capacidade da pessoa fazer reflexão crítica perante tantas informações hoje disponíveis, participar em ações e na tomada de decisões ligadas à saúde ou doença, bem como saber o que é seguro e correto.

Para combater a iliteracia entre os profissionais, Isabel Silva sugeriu a necessidade de uma “comunicação centrada no doente porque diminui a ansiedade” e apontou como método o “Ask me3” (um programa de educação do paciente) — “o que tenho, o que preciso de fazer e o que é mais importante para mim”.

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