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ISAVE: combate à infeção “começa no lavar as mãos”

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ISAVE: combate à infeção “começa no lavar as mãos”

“Primeiro, lavar as mãos, segundo, lavar as mãos, e terceiro, lavar as mãos, é o princípio básico para controlar a infeção” — alertou Ricardo Vieira, durante o II Seminário sobre o tema realizado hoje no Instituto Superior de Saúde — ISAVE — em Amares.

O Enfermeiro, diretor da Santa Casa de Misericórdia de Barcelos, falava num auditório repleto de alunos e profissionais de saúde, numa iniciativa do ISAVE que contou com mais de uma centena de participantes e encerrou com uma magnífica atuação as Isatuna.

O dia foi preenchido com dez palestras científicas e dois workshops apresentados pelas empresas Hartmann e Factor Plus, bem justificadas porque em quatro pessoas que vão à casa de banho só uma lava as mãos.

Na sessão de abertura estiveram presentes a Presidente do ISAVE, Mafalda Duarte, a vereadora da Câmara de Amares, Cidália Abreu, o Presidente do ACES Cávado/ Gerês Cabreira, Nuno Oliveira e o Presidente da Direção da Entidade Instituidora do ISAVE, João Luís Nogueira.

No primeiro painel moderado por Daniela Gonçalves, Professora do ISAVE, Programa de Prevenção de Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, com a participação de Isabel Neves, coordenadora do PPCIRA, em representação da Direção-Geral de Saúde, foi considerado um dos melhores da Europa. “Somos o único país da Europa que participa em todas as vigilâncias de infeções” — garantiu a coordenadora do programa da Direção Geral de Saúde que lançou um alerta: “até 2050, se nada fizermos, a cada três segundos vai morrer uma pessoa com uma infeção intratável e todos os avanços médicos seriam em vão”.

Maria do Céu Morais, do ACES Cávado II/Gerês Cabreira, moderou o painel sobre o cenário atual do controlo de infeção, com uma intervenção de Raúl Borges, presidente do Conselho Clínico e de Saúde do mesmo Agrupamento de Centros de Saúde. Este médico destacou os notáveis resultados conseguidos nos últimos cinco anos na poupança de antibióticos para doenças de trato urinário, amigdalites e pele. A resistência aos antibióticos, devido ao excesso da sua prescrição, mata 390 mil pessoas na Europa e 4,150 milhões em África. Quanto às amigdalites, 70% são víricas e não necessitavam de antibióticos.

Ricardo Vieira deu conta da sua experiência no controlo de infeções na Santa Casa de Misericórdia de Barcelos, com 650 utentes, e a resistência de enfermeiros e médicos face a cuidados básicos como o simples lavar as mãos. O sistema foi implementado por causa de um surto de sarna e prova que é possível fazer muita coisa sem gastar um cêntimo. Lavar as mãos é a base de tudo e os outros métodos surgem por acréscimo — sustentou Ricardo Vieira.

Após o almoço, o terceiro painel moderado por Lígia Monterroso, do ISAVE, teve como tema Higiene das mãos e higiene ambiental, e contou com quatro intervenções: Alexandra Pais, do Hospital dos Lusíadas (Porto), sobre “Higiene das mãos – da teoria à prática” onde há muito a fazer; Isabel Veloso, coordenadora do GCL-PPCIRA do Hospital de Braga, abordou a “importância da higiene e controlo ambiental na prevenção e controlo infeções; ao passo que Rita Seixo, gestora hoteleira do Hospital de Braga, apresentou a Monitorização da Higiene ambiental por método visual; finalmente, Ana Silva, do GCL-PPCIRA do Hospital de Braga, apresentou o método de bioluminescência na monitorização da higiene ambiental. 

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